Sim, devemos, desde os primórdios, a Santa Mãe Igreja honrou a memória dos defuntos, oferecendo sufrágios em seu favor, particularmente o Santo Sacrifício Incruento da Santa Missa para que, purificados, possam chegar à visão beatífica de Deus. A Igreja recomenda também a esmola, as indulgências e as obras de penitência a favor dos defuntos, como nos indica no parágrafo 1032 do CIC (Catecismo da Igreja Católica).
Ressalta-se que, em toda Missa seja celebrada em qualquer lugar do mundo, independente do dia, há um momento específico para que todos orem pelos fiéis falecidos, o Lembrai-vos do “memento” dos mortos.
No dia 07 de novembro de 2007, na Carta Encíclica SPE SALVI, o Santo Padre, o Papa Bento XVI explicou-nos que a oração pelos mortos não só ajuda as almas, mas também enraíza a comunhão entre os vivos e falecidos. Esse laço espiritual é um testemunho de amor e esperança porque nós Católicos Apostólicos Romanos acreditamos na Vida Eterna.
Na XXV Sessão do Concílio de Trento (1545-1563), que tinha o objetivo de combater o avanço do protestantismo na Europa, afirma que o purgatório existe e que as orações e sufrágios dos fiéis aliviam as almas que ali estão. É uma expressão do amor cristão que une toda a Igreja Militante (todos nós que estamos neste mundo) e Padecente (aqueles que estão no purgatório) a caminho da Triunfante (aqueles que morreram na amizade com Deus e alcançaram o estado de felicidade suprema e definitiva).
Quando Rezamos pelos falecidos, fazemos parte da Comunhão dos Santos que está em nossa fé que professamos em nosso Batismo e reafirmamos ao receber a Unção com o Santo Crisma e também quando pela primeira vez recebemos o Sacratíssimo Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo Transubstanciado na Santíssima Eucaristia.
Luciano Serafim
PASCOM Paroquial